Hoje caí, do chão não passei eu, tive que sobreviver naquele ambiente de inferioridade, não foi difícil, difícil foi ver o mundo de baixo para cima, é diferente, é uma boa arte.
(In)felizmente vemos e arranjamos-nos ao nosso alcance, ao alcance dos olhos, esqueceram-se de mim que caí, vi muito mais!
28 de Outubro de 2011
"a coincidência"
A coincidência não existe. houve já outro tempo em que fomos nós a escolher e a decidir. em que falávamos uma língua muda e soubemos; soubemos que era bom não saber(mos) nada, mas só porque o sabíamos. a comunicação era tão simples quanto uma linha imaginária entre tu e eu. Entre ela e nós, entre eles e tu. Todos juntos faziamos parte de uma teia, resumidos assim a uma existência tranquila e sem mal entendidos. Um dia decidimos deixar de saber que era bom não saber. Partimos a teia e enrolámos as linhas à volta das nossas cabeças. Agora era preciso termos bocas e ouvidos e olhos. Mas apesar de tudo, ainda restaram alguns de nós que conseguem imaginar a linha na mesma. E é por isso que, quando alguém adivinha o que eu estou a pensar, sei que nunca é uma coincidência.
Mariana Cirurgião Ferreira
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