14 de Dezembro
(Nova) Entrada no Diário
Homem barbudo
Tiques nervosos em "fungadela" de nariz bicudo, mãos ossudas e
finas, velhas, ressequidas e cobertas com uma leve camada de nervosismo.
Entreabertos, entoavam os seus irrequietos olhos a mais
estridente conversa. Cabelo? Se é que existe… se é que sequer existe, seria
branco e baço como a sua pele.
Agachado na penumbra de uma qualquer cantiga de moscas,
troteava o mesmo ritmo vezes e vezes sem conta.
Até aqui, poder-se ia dizer que ele era simplesmente um
petisco mastigado e cuspido pela vida. Mas a verdade era, que por debaixo de
todo um manto com cheiro a mofo, ecoavam gargalhadas de um sabedor de
respostas.
Catarina Mauritti
Granjo 11D
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