domingo, 18 de dezembro de 2011

"Já não há daquela gente"

                                       foto R

Quem teria pronunciado isto? Um deputado de um qualquer partido na Assembleia da República? Uma vendedora no mercado do Bulhão?
Um senhor de idade, monárquico, na fila do IRS, a propósito dos reis, comparando-os com os atuais dirigentes?

Nada disso, Telmo, personagem do drama romântico Frei Luís de Sousa. Dirige-se a D. Madalena, sua ama. Fala de seu amo, que acompanhara o rei a Alcácer-Quibir e por lá ficara. Ou assim parecia.

"Já não há daquela gente". Qual a substância de tal afirmação? Saudosismo? Desespero? Deceção?
Qual a base real de uma afirmação assim?
Será a gente do passado melhor que a gente do presente?
Nesse caso, estaríamos numa espécie de evolução ao contrário. Faz isto sentido?
E que tal: "Ainda não há daquela futura gente..."?

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