Dia 26 de outubro de 2011
Hoje passei por uma loja de animas, e vi um pequeno peixe vermelho muito bonito. Parei para o ver melhor, para o admirar... e de repente ele parou por um segundo e fixou-me...
Por um momento lembrei-me da imagem do Sermão do Padre António Vieira aos peixes.
Todos aqueles pequenos seres com cérebros minúsculos a olhar para o Padre António Vieira, a sugar todas as suas palavras, o seu conhecimento, as suas ideias e convicções.
O Padre António Vieira a dar um sermão aos peixes, seres que têm três segundos de memória... Claro que o sermão não é dirigido aos peixes. A imagem em si, é bastante poderosa, e por mais ridícula que pareça, mostra um certo sentido de verdade.
Ana Rita Azevedo
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No sabía que el padre Vieira hubiera sermoneado a los peces, pero sí que Francisco de Asís predicó a los gorriones (¿pardales?).
ResponderExcluirTengo fotografíadas algunas carpas y le puedo asegurar que cuando notan alguien se acercan. Será por pan, será por lo que sea, pero me hacen caso.
Lindo texto.
Os filhos de Abraão
ResponderExcluirOs gritos ainda ecoam
Em cada canto, em cada trincheira,
Em todos os túmulos.
Restos mortais exibidos
Como souvenires
Enchem de orgulho
O primitivo estágio ariano.
O sangue do cordeiro
Continua a jorrar
No solo árido.
Até que ponto a Bestialidade
Deixará de existir em um mundo
Que se deseja mais humano!
Crente ou ateu
Incrédulo ou cético,
Auschwitz continua vivo em nossa memória:
Um pesadelo que brotou
E nunca mais se apagou.
Inocentes ali pereceram,
Sobreviventes dali morreram,
Levaram todos para o túmulo
O sacrifício dos filhos de Abraão.
*Do livro (O Anjo e a Tempestade) de Agamenon Troyan