sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ainda a modernidade...

... de Frei Luís de Sousa.
Comentávamos no outro dia numa aula que se quiséssemos explicar a um ser de outro planeta o funcionamento das instituições humanas, nomeadamente a família, a nossa tarefa não seria tão fácil como há umas décadas atrás. Agora teríamos de equacionar uma imensa diversidade: homem e mulher, homem e homem, mulher e mulher, pai, mãe e filhos, pai e pai e filhos, mãe e mãe e filhos,  pai e mãe, filhos e enteados, padrasto, mãe e filhos e enteados, pai, padrasto, filhos e enteados, mãe, madrasta, filhos e enteados, etc, etc, etc, por aí fora.
Frei Luís de Sousa foi escrito no século XIX, situa-se historicamente nos finais do século XIX e princípios do século XVII, mas a formulação não é mais simples: mulher, segundo marido e filha, mais primeiro marido sem que tenha havido divórcio. Logo, mulher com dois maridos e uma filha que passa de legítima a ilegítima enquanto o diabo esfrega um olho. Ainda mais rapidamente esta formação familiar evolui para: filha morta, primeiro marido viúvo em vida de sua mulher, entrada num convento, tal como o seu segundo marido, afinal "ilegítimado" pela existência do primeiro.
Perceberam? Nada? Têm bom remédio: leiam...

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