sábado, 17 de março de 2012

Página de diário: Início de um sermão


Vanitas vanitas e omnia Vanitas
(Ecc, 1, 2)
A vaidade é, hoje em dia, um dos maiores problemas da nossa sociedade. Quem não gosta de mostrar algo bom, novo, diferente – de mostrar que o tem? E porquê? Porque faz parte da natureza humana querer mostrar-se, ‘superioriza-se’, num processo de contemplação ao próximo, tal como na natureza animal, mas isso, em vez de motivo de orgulho devia ser motivo de vergonha!
Todos somos iguais, todos vimos e acabamos no mesmo sítio. Porquê orgulharmo-nos de futilidades? Não obstante, a vida terrena é só uma passagem para o outro mundo. Que interessa ser o mais rico, bonito ou famoso, se de nada nos serve? Se o que cá vai ficar é uma breve dor e uma vaga lembrança do que uma vez foi nosso, e do que fomos. Nada do que tenhamos ou adquiramos aqui vai connosco para o outro lado
O Homem é como o pavão, com aquele colorido leque que abana na esperança de seduzir, ou enfrentar outro. O Homem usa este leque como um jogo de aparências fúteis e superficiais. O que transparece é que esta lá dentro, os nossos pensamentos, princípios, fundamentos.
Oh! Pavões, dispam-se, de preconceitos, de medos, de vaidades. Sed Omnia Vanitas


Tomás Neves nº25 11ºA
17 de Novembro de 2011

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