segunda-feira, 19 de março de 2012

"Pinto quadros por letras por sinais"

Pormenor de uma pintura de Eduardo Batarda até há muito pouco tempo exposta em Serralves e um verso de Cesário Verde sobre a sua (ia dizer pintura...) poesia. Uma espécie de Arte Poética. Escreve sobre Lisboa como se pintasse a cidade. Eduardo Batarda pintou aqui, com letras, o seu quadro. Os grandes artistas, poetas, pintores e outros, não cabem nas molduras conceptuais em que durante muito tempo (e não continuaremos a fazê-lo?) arrumámos não só os géneros, mas também as várias artes.

sábado, 17 de março de 2012

Página de diário: Início de um sermão


Vanitas vanitas e omnia Vanitas
(Ecc, 1, 2)
A vaidade é, hoje em dia, um dos maiores problemas da nossa sociedade. Quem não gosta de mostrar algo bom, novo, diferente – de mostrar que o tem? E porquê? Porque faz parte da natureza humana querer mostrar-se, ‘superioriza-se’, num processo de contemplação ao próximo, tal como na natureza animal, mas isso, em vez de motivo de orgulho devia ser motivo de vergonha!
Todos somos iguais, todos vimos e acabamos no mesmo sítio. Porquê orgulharmo-nos de futilidades? Não obstante, a vida terrena é só uma passagem para o outro mundo. Que interessa ser o mais rico, bonito ou famoso, se de nada nos serve? Se o que cá vai ficar é uma breve dor e uma vaga lembrança do que uma vez foi nosso, e do que fomos. Nada do que tenhamos ou adquiramos aqui vai connosco para o outro lado
O Homem é como o pavão, com aquele colorido leque que abana na esperança de seduzir, ou enfrentar outro. O Homem usa este leque como um jogo de aparências fúteis e superficiais. O que transparece é que esta lá dentro, os nossos pensamentos, princípios, fundamentos.
Oh! Pavões, dispam-se, de preconceitos, de medos, de vaidades. Sed Omnia Vanitas


Tomás Neves nº25 11ºA
17 de Novembro de 2011

Página reflexão


Vaidade
P
ara que serve a vaidade? Aos olhos de Deus somos todos iguais, portanto para que tanta vaidade. É tudo um jogo de aparências. Fúteis, superficiais. O que na verdade transparece é o que está lá dentro, os nossos pensamentos, princípios, fundamentos.
Mas não. Hoje em dia somos pavões. Vaidosos, fúteis, espantosos. Hoje em dia as pessoas são ocas e usam máscaras para preencher esse vazio, na vaga esperança que o preencha. No entanto não encha, tapa, disfarça. Mesmo assim, entre encher e tapar vai alguma distância.
Vão acabar por ser descobertas, as falhas que tanto tentam disfarçar. Essa arrogância, sarcasmo e no entanto inocência e ingenuidade – fútil. Portanto dispam-se, de preconceitos e medos. De Vaidades.
Tomás Neves nº25 11ºA
6 De Novembro De 2011

Tomás Neves, 11º A

Páginas de diário


"As Reflexões Antes do Sermão"
Estando enjaulado, cria-se tempo para pensar. Caixa escura, cinzenta, pouco iluminada, só com uma pequena janela. É aí onde me encontro, fazem-me companhia os ratos.
A velha vela vai morrendo enquanto as palavras vão nascendo. Riscos na parede contam os meus dias.
Vou olhando para os céus, vendo os pássaros voar livres. Que fizeram eles para merecer tal liberdade? Que fiz eu para merecer tal prisão? Não importa. O mundo continua a girar perante tais injustiças.
As Pessoas não querem que nada mude. Acreditam que tudo está bem e que as suas vidas correm lindamente. pois são egoístas e não pensam no sofrimento dos outros. Pobres Índios, andam por aí a ser maltratados, e eu aqui, preso, sem poder fazer nada.
Para ajudar a passar o tempo, vou escrevendo.

"Em Busca do Asterisco Perdido (da Ana)"
Na aula de Português
A Ana apercebeu-se
Que o asterisco colocado
No seu livro, não tinha par.

Entrou em pânico
Pois devia ser coisa importante
E agora puff...
Desapareceu.

Lá andou à procura dele
Entre linhas, palavras e letras.
Coitada ainda não sabe
O que sucedeu...

"Peixes"
Livres são os peixes que nadam sem parar.
Dormem de olhos abertos
E fazem bolhinhas de ar
Realmente os peixes são espertos.


Inês Duarte

Mais uma página de diário


    Início de um sermão
      Vós, seres materialistas deste mundo ganancioso, sois perturbadores no meu pensamento. Olhem à vossa volta, o que veem? Luxo, dinheiro, bens materiais preciosos e dispendiosos, riqueza. Agora olhem com os olhos que Cristo julgaria, o que veem? Ganância, vaidade, tirania, gente que pensa que vale ouro mas que tem os piores atributos que um ser humano pode ter.
     Avaliem primeiro os pobres, mas humildes que não têm olhos para ouro, inspirem-se e imitem antes os mais discretos do que os mais vistosos, estes em que cada peça da sua riqueza vale cada peça de maldade na sua alma.

Rita Martins Viela
11ºA; Nº 19

Página de Diário

Texto:
A elegância do vento é como quem esboça o primeiro desenho do vestuário da tua vida, é como quem toca a música da pauta com pausas coloridas.
Porque o vento não é apenas a aparência de um sopro passageiro, mas sim as linhas que definem o tecido quando cai suavemente sobre um corpo.
Se nos ausentarmos por um momento do que nos rodeia e nos envolvermos e sentirmos o dançar da seda perante o vento, veremos que o cachecol que nos acompanha é como ritmo que contagia a passagem de cada dia único.

Este texto foi criado por mim, a pedido da Mariana Santos para que fosse posto na página principal do seu site sobre moda. A minha colega pediu-me que escrevesse um texto leve e mélico para se enquadrar da melhor forma com o conteúdo do site. No entanto, este texto no meu diário poético está enquadrado com um imagem de uma mulher nua a ser envolvida com um tecido brutesco, isto porque, como diz no texto “o cachecol que nos acompanha” pode ser para cada um uma vivência mais alegre ou até mesmo infeliz, não deixando de ser o “ritmo que contagia a passagem de cada dia único”. Estas vivências criam “as linhas que definem o tecido”, ou seja, a nossa personalidade perante o mundo.

Joana Costa, 11º E

Uma página


Diário literário
Sermão aos peixes
Animais que apenas têm segundos de memória
Às vezes parece que são melhores ouvintes
Que os próprios seres humanos.
Seres que parecem não ter acesso a toda
Essa peculiar inteligência
Que não está atribuída a mais nenhum ser.
Prosódia
Esse movimento que ele faz, que deixa toda a gente pasmada a olhar, como se se exprimisse apenas com os movimentos e não com as palavras.
Esse mexer do corpo que conduz o olhar de toda a gente, como se estivessem a ver um ator no palco onde vão assistir ao espetáculo,  a luz está toda focada sobre ele. E que o espetáculo comece! Ou melhor, que o discurso comece.
Reflexão antes de escrever o sermão
Paro e penso que tenho de transmitir o que estou a sentir às pessoas. Tento refletir sobre a melhor maneira de captar a atenção delas, fazer com que fiquem a pensar durante muito tempo e que vasculhem nas suas ideias desarrumadas o sentido das minhas palavras.

Início do sermão
Nesta noite, eu gostaria de compartilhar com os irmãos a minha reflexão sobre a frase “ fiat lux “, que é a frase que foi dita quando Deus criou o Universo. Apenas disse essas duas palavras e fez-se luz.
Era bom que na mente de todas as pessoas se fizesse luz com esta tamanha facilidade com que Deus criou a luz na terra. Luz que está todos os dias à vossa frente. À frente dos vossos olhos e que não é absorvida. Apenas é vista como mais uma das coisas naturais presentes no nosso meio, e não como uma bênção, uma sorte. Esta luz que nos permite ver por onde vamos e com quem lidamos no nosso dia - a - dia. Essa luz que nos permite ver e nos deixar ver.
Se cada um de nós tivesse essa luz dentro, o mundo seria melhor. O pensamento seria mais claro, as palavras mais claras, a pessoa seria mais transparente… 
Nem tudo é possível, pois nem todos captamos a luz, vivemos num mundo obscuro onde a mentira vagueia entre nós e parece que o mundo usa uma máscara para disfarçar toda a sua hipocrisia, tem uma face oculta, é um lugar onde ninguém se conhece verdadeiramente, pois escondem a sua verdadeira identidade…
Este tema que abordei aqui brevemente, é tão fácil e ao mesmo tempo tão complexo, que vou deixar que a luz que tenho dentro de mim se reflita e conduza o meu sermão, mas… necessito do seu auxílio e também da sua luz, Ave Maria.

Vanessa, 11º E